Ficou velho, seu cabelo longo
Data 16/02/2009 15:39:22 | Tópico: Poemas -> Sociais
| Quando as nódoas dos respingos da labuta Encardidas e mais amarelas Se fizerem mais visíveis pela luta É a luz do sol que trespassa a janela
E ainda assim, sem recompensa Sem reconhecimento dia após dia Sendo a fadiga do tempo, imensa Suspira a manhã angulosa e tardia!
Solta a panela e corre ao espelho! Vês o que não te vêem mais O cabelo longo ficou velho E longa é a estrada adonde vais
Ei, senhora de aldeia! Desabriga os seres parasitas Que a tua fadiga norteia E que o teu cabelo despenteia
Ei, senhora de abismos! Entre o liame da morte e da vida Além ou aquém dos vícios Erga a mão, cada manhã é uma despedida
Não sejas de si mesmo banida No beiral de seu campo escópico Reduzida a limites, tão perdida! Tranforme as queixas em líquido autóptico
Ergue o olhar, cheiro de café!! A perna treme, mas se ergue Levanta-se. Terço na mão, sinal de fé Côa o café, a rotina prossegue...
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