Para ti doce Flor
Data 17/02/2009 13:23:42 | Tópico: Poemas -> Amor
| Dócil Flor És quem me adoça a alma O meu espírito, na palma Da tua alva mão Flor do Sol radiante Flor do Homem, ser pensante Flor do meu coração
Flor do Mundo Flor do desejo e delírio Que rejeita o martírio Da crua solidão Bela Flor Flor da virilidade Minha Flor de tenra idade Flor da minha paixão
Vejo-te a face Contemplo o azul do mar No teu corpo o luar De um bosque verdejante Dócil Flor Minha Flor adorada Minha amada, desejada És a minha terna amante
Flor do campo Observo-te a face e os traços Damos as mãos e os laços de uma bela união Flor do Cosmos Dos mares quentes e mornos Bela Flor de João
Loiros cabelos Corpos estendidos no campo Observar o teu encanto De um belo alvo Amor Minha doce mulher Minha deusa do Universo Sentir este ego imerso Da mais pura doce Flor
Sou livre Sou Mouro, sou Judeu Sou homem indo-europeu És a minha orquídea da China Sou budista Sou Poeta, sou cristão Venero a Tora, o Alcorão És a minha doce menina
Louvo o três Louvo as pirâmides de Gizé Louvo as estruturas de pé És a minha Flor campestre Louvo a Deus Louvo-te o corpo e os peitos Somos os dois mais eleitos És a minha Flor do Leste
Sou Português Sou Brasileiro, sou Espanhol Sou Russo, sou Mongol És a mulher Universal Sou das Américas Do Equador, sou Mexicano Sou índio Americano Dos mares do Norte, és o Sal
Sou de Gales Sou dos trópicos, sou Japonês Sou iniciado Escocês És a minha doce Flor Sou do Árctico Sou cavaleiro Islandês Sou nobre Português Nutro por ti, terno Amor
Sou Germano Sou pianista Austríaco Sou um belo ser idílico És a mais pura candura Sou da China Sou Dinamarquês, sou Mouro Sou negro, moreno e louro No teu corpo a formosura.
Sou Cingalês Na Argentina, Canadiano Em Timor, Australiano És quem me adoça a boca Sou do Báltico Nos trópicos sou hiper-bóreo No Árctico, um beijo flóreo Dois corpos na noite louca
Sou Polaco Sou homem douto da Hungria Sou a terra quente e fria Sou eu que te desejo Em Barcelona, Madrileno Sou o Danúbio no Meno És as águas cândidas do Tejo
Sou da Europa Sou filósofo Alemão Sou Inglês, sou Mação És a Flor de jasmim Em Meca sou Muçulmano Venero Ala, meu amo És a Flor do meu jardim
Venho de África Em Estocolmo, sou Ruandês No Bótnia, vejo o Suez O teu corpo no meu jardim Em Roma, sou Romeno No Douro, vejo o Reno Dir-te-ei sempre que sim
Sou homem-livre No Congo, sou Francês Venero o dois e o três És a minha dócil luxúria Em Oslo, Jamaicano Em Helsínquia, sou puritano És quem me renega a penúria
Sou profano Venero a estrela de David Sou hebreu, sou Nazi És o meu doce pecado Adorei a suástica A doutrina eclesiástica Sou o teu namorado
Sou Pacífico Em Tóquio sou de Quioto Sou um samurai louco És a minha dócil gueixa Americano No Paquistão, sou hindu Contemplo-te o corpo nu És a amante que não se queixa
Sou do Laos No Brasil, sou Vietnamita No Cáucaso, sou Semita És a mais bela linda Flor És o Cosmos Sou as estrelas e os planetas Sou os astros e os cometas És o meu grande Amor
Sou mulato Sou Guineense na Gronelândia Sou Lapão, na Mauritânia És a minha índia da selva Adoro-te No Vaticano, sou pecador Sou missionário, sou doutor Dois corpos estendidos na relva
Sou Checo Em Paris, sou Londrino Beijo-te, abraço e rimo Em honra ao teu semblante Sou Eslovaco Na Alemanha, sou Polaco Por ti corro, rasgo e mato És a minha louca amante
Serenidade És a minha grande amiga És bonita, és bem linda És a calma e a harmonia Estou tranquilo Em menino observei-te Hoje mesmo toquei-te És a Filosofia ____
João Pimentel Ferreira
|
|