a música dá saúde (ou não!)

Data 17/02/2009 18:40:02 | Tópico: Textos -> Humor

Na teoria das grandes descobertas, onde o meu carinho é confundido por marotices, venho a saber que afinal - e ao contrário do que para aí se diz - a música de Roberto Carlos, o Grande Robertinho (toparam o trocadilho?) não serve apenas e só para aquecer o clima dos amantes, naqueles dias chuvosos, metidos dentro do carro, bancos deitados para trás, com o escurinho a dar boas ideias, o ar condicionado idem aspas, hum... e fico por aqui na eventualidade de ser lido por menores.

O bom desta descoberta - e pasme-se - é que chegou-se à conclusão, tarde mas chegou, um pequeno milagre para pessoas que sofrem de depressões crónicas, que dizem que ouvem vozes, também os stressados, neo-chifrudos; ouvir baladas do Roberto Carlos faz amansar o bicho que rabeia dentro de algumas pessoas, causando uma melhoria significativa nos níveis de ansiedade, melhor que vinte consultas no psicólogo (estes que me perdoem pela dica dada), com a vantagem de se poupar na farmácia e dispensa consulta ou receita médica.

Ao que parece aquilo funciona mesmo, como um calmante, um remédio caseiro, melhor que chá de cidreira, logo, é estritamente desaconselhável ouvir Roberto Carlos enquanto se conduz pelo facto de causar flatulência, perdão, enganei-me, sonolência.

Pensa-se até criar uma lei para proibir que a sua música romântica não seja ouvida durante as oito horas laborais pois é sabido por fonte segura que as seguidoras das músicas do Roberto C. têm uma menor produção e mais idas à casa-de-banho, sabe-se lá para quê.

Outro contra: ouvir mais de vinte minutos considera-se ser um risco colossal, chamemos-lhe assim, é como estar muito tempo ao sol, pois segundo os especialistas, que tiveram setecentas pessoas como cobaias em laboratório, a maior parte delas com tiques de bailarino, este excesso pode provocar fibromialgia irreverssível ou deliquência precoce.

Depois desta afirmação fica explicado o porquê de algumas pessoas andarem na rua como que possuidas, desorientadas, com um riso tão estúpido que embaraça.

Já depois do sexo, olarila, uma músiquita do Rei Roberto cai que nem ginjas, adormecesse como se acabado de fumar um charro de erva, e outra vantagem é: caso a nossa masculinidade nos atraiçoe, temos a certeza que ela não vai dizer: outra vez?!

Ao saber destas conclusões, o romântico daqui de portugal, o homem que dedicou uma música a cada nome de mulher, fez saber que o tema “eu tenho dois amores” é bom para quem tem pingo na nariz, e pode em muitos casos ser bom “xarope” para o combate do hipogonadismo masculino (o hipogonadismo é a presença de baixos níveis de testosterona que gera a infertilidade).
Agora digam que estas crónicas não educam!

Sempre se soube que a música influencia estados de espírito, que há certas letras musicais que nos tocam, mas, ó Roberto, quando você diz naquela canção “tudo pára quando a gente faz amor”, não acha isso uma desavergonhice, andar a fazer amor pelas ruas não é para este tempo, of course que faz parar o trânsito e peões míopes, ou que julgava, você e a sua namoradinha fazendo amor a céu aberto, ainda por cima com a sua vestimenta branquinha a imitar um anjo, claro que as pessoas páram e olham.

Querias o quê, que tapassem os olhos? Dantes apoiavas as baleias que cruzam os oceanos, agora isto... sinceramente, Roberto!

(1 minuto de pausa para me recompôr)

Bem, agora que estou melhor, como despedida deixo algumas recomendações de saúde para vários tipos de doença:

Para quem sofre de prisão de ventre, ouvir o Toy é melhor do que qualquer complexo B;

Artroses – incluindo os bicos de papagaio, Miguel e André, um gajo põe-se logo a mexer;

Pé de atleta, Quim Barreiros sem dúvida o melhor remédio;
Apneia do sono, a Ruth Marlene tem todos os suplementos necessários para nos manter acordados;

Para alergias, enxaquecas e urticárias, propunho que oiça temas do Elton John da época em que ele não usava a peruca que tem, por ser anti-pirético;
Síndrome de Boerhaave, azias e cólicas: qualquer tema do Roberto Leal, por ele só beber leite magro e condensado.

Por estas e por outras, oiça canções, deixe-se embalar, saia da rotina, mas cuidado com os excessos e já agora muito cuidadinho com aqueles cantadores pimbas de lencinho ao pescoço.



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