
Excertos II
Data 19/02/2009 23:30:59 | Tópico: Poemas
| Ser só uma protuberância de teus lábios, Feita acrescento misterioso de ar corpóreo Confundido na sombra que hoje esqueces Em páginas gastas de sábios alfarrábios, Sentadas num alto e verde promontório Esculpido pela alma fria que me aqueces.
Amar-te é tudo isso, aquilo ou ademais, Sem medo de ter medo de tantos receios Afogados no fundo de lânguidas sensações, Escravizadas por trincheiras plurais Onduladas horizontalmente em teus seios, Em beijos tantos ou talvez milhões.
Esquecer-te não é morte que a mim importe, Adoece-me apenas o âmago pasmo de desejo, O calor rubro das faces do Inverno. Fazes-te faca que rouba o Sul ao Norte, A ocasião perdida em leve ensejo, Nobreza de um viver, inferno.
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