
A Caixa
Data 22/02/2009 01:55:30 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| I
No Sábado vi uma caixa no chão, E sem problemas agarrei-a logo então, Estava a brilhar chamou logo à atenção, Parecia daquelas que são uma num milhão.
Era rectangular e pequena, leve como uma pena, Mas o aspecto é que era a sua cena. Meti-a no bolso para a não perder, Pois tal coisa eu não queria que fosse acontecer.
Levei-a para casa e examinei-a, Qualquer caixa ao pé daquela era feia. Parecia estar cheia e eu todo guloso, Fiquei curioso de saber se tinha algo valioso Dentro dela porque ela era tão bela, Era daquelas que uma pessoa toca e congela.
Recebi um choque quando vi o cadeado, Fechado,trancado, Sem puder ser aberto, a chave nem estava por perto, E eu senti-me num deserto, E não me armei em esperto, Porque sabia que tinha uma grande viagem, E corria o risco de cair numa miragem.
Fui com cuidado, vi o canhão do cadeado, E nunca tinha visto nada disto em nenhum lado. Era um H, o seu formato, E a minha cabeça pensou aqui há gato. Só podia achar a chave onde ela se perdeu, Então saí de casa à procura e lá fui eu...
II
Cheguei ao local onde a tinha descoberto, E a chave continuava a não estar por perto. Procurei, procurei e procurei, E não achei aquilo que me faria sentir um rei.
Tentei partir a caixa, não funcionou, Tentei queimar a caixa, também não queimou. Então enervei-me e livrei-me daquela maldição, Daquela caixa que não tinha solução.
Primeira opção, mandá-la ao mar, Porque sei que nunca mais a vou encontrar. Então assim o fiz, como quis, Fiz logo à minha maneira, pus os pontos nos i's.
Senti-me logo bem, como ninguém, Agora sem esta caixa nada me detém. Vou a correr a celebrar o meu estado, Porque já estava farto da história do cadeado. Ia a pensar em tudo, no bom e no mau, Quando eu não vejo nada e tropeço num degrau.
III Recupero os sentidos, ainda lixados, Dói-me a cabeça mas não estão perdidos. A dor continua, não pára e dura, E eu não me quero levantar já. Viro a cabeça, olho para o lado, Vejo uma chave na forma de um H.
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