
LIVROS ESCREVEMO-LOS NÓS
Data 24/02/2009 18:26:25 | Tópico: Poemas -> Reflexão
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Palavras soltas ao vento, que saberão elas, que o mar não saiba já?
Posso escrever, que o mar, que aqui desponta, um tanto revoltoso, é de um verde jade, que, em espuma, se dilui, ao encontrar-se, com a montanha.
E que, em contraste, com a beleza, do verde, das águas, a montanha, fica a dever, à riqueza destas, na falta de pormenores, com a sua pedra nua e grosseira, a invadir-nos os sentidos…
Algum mato, parecendo esquecido, cresce bem junto ao precipício, da frágua, proclamando o seu espaço e tornando menos lunar e mais terrena, a realidade, deste grosso, de lenho, pedregoso.
O livro, deixado para trás, de quem lia, tudo isto observando, deixa-nos o seu testemunho e reconhecimento, de que, do mar viemos e ao mar, regressaremos, voltando ao inicio, com a terra, a submergir, uma vez mais, nas águas.
E o vento, corre, uma por uma, as folhas e as palavras, com que soubemos edificar, a nossa espécie, e, de que, voltaremos a fazê-lo, noutro contexto.
Jorge Humberto 23/02/09
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