NO FUNDO DE UM COPO DE VINHO
Data 25/02/2009 18:25:15 | Tópico: Poemas -> Reflexão
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Sem valores alguns, desprezados, como coisa ridícula, a ter em conta, por força de uma arrogância e estupidez sem par, assim caminha o Homem, ao sabor de uma cobiça, que não consegue abstrair-se.
Qualquer dom, inerente ao Homem, toda a sua índole e humanidade, foram caindo em desuso e mais-valia, qual o separava, dos restantes animais, e nem sequer, a inteligência, com que foi dotado, é garante, de nada.
Voltando, à velha posição, de machão, assumir ou mostrar sentimentos, é sinal de fraqueza, que hoje, em dia, a todos foge, como demónio, da cruz, numa autêntica orgia cerebral, que faz do Homem, um total inconsequente.
Caminha e move a boca, porque outros assim o fazem, principalmente os seus heróis, gente igual a ele, que vive de mal dizer; autênticos arruaceiros, que, com toda a ignomínia, levam para casa, uma raiva incontida, para com os seus.
Nada é feito por gosto; e diz, a alta voz, que sofre de discriminação. Natural, a quem, ante os demais, se assume, com total prepotência. As consequências: completo atropelo dos sentidos, no fundo de um copo de vinho, com pena de si.
Jorge Humberto 24/02/09
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