Tiro certeiro

Data 25/02/2009 19:00:15 | Tópico: Poemas -> Sociais

Tiro certeiro














Lágrimas de sangue, sangue em poça na avenida.

Uma morte que chega é o despir de uma vida.

Hoje a morte fez festa o pobre morreu com um
tiro na testa.

Será que a vida presta ou é melhor morrer sem
ter certeza do que resta.

E o que resta presta ou é um pequeno cisco que
caiu na aresta do olho.

Sangue vermelho, sangue que espirra no espelho.

Manto que cobre o horror, manto que esconde o
dor.

Foi um tiro certeiro matou ele porque que na fila
ele era o primeiro.

Foi engano um tiroteio na saída de um banco
qualquer.

Estava feliz antes do tiro, estava esperando seu
filho nascer, mas esse ele não vai ver.

A morte não tem dó, a vida nos dá nó.

Foi, foi junto com negra e feia morte.

É o coitado não teve sorte.





















O NOVO POETA. (W.Marques).


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=72091