
Paranóia
Data 05/03/2009 11:35:56 | Tópico: Prosas Poéticas
| Saio. Dou comigo na loucura da vida. Surge em mim, angustiante, A vontade de ir, Correr o dia, começar o amanhã. Os carros em frenesim, vão e vêm. Sem sentido, sem destino. Desenfreados, soltando rugidos, Guiados por dependentes de stress, Dependentes da vida, em si, enfim. E cá estou, No meio desta gente. Amálgama de credos e verdades. Sem nexo, por vezes, admito Mas seguindo o rumo, Cavalgando no tempo Como cavaleiro lutando, A curar meus medos, minhas angústias. Vencendo! Que paranóia esta que me assola. Humanos inconsequentes, Que buscamos o que nunca tivémos E que jamais iremos alcançar. Somos homens e mulheres Na luta constante da rotina, Tentando singrar, lutando... lutando! Porquê? Para quê? Que condição humana é esta? Diz-me vida! Que condição é esta? A que estamos entregues selvaticamente, De manhã à noite, Sem respeito... À noite, bem tarde, já em parte liberto, Me deito, consciente Do amanhã diferente. Não! Puro engano... Que paranóia esta! Acreditar sem ter fé Nesta condição perdida, Nesta vida selvagem. Aqui e ali. Em todo o lado, eu e tu, Atropelados sem sentido. Que paranóia!
5 de Dezembro de 2001
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