Um quinteto de quadras à Ana Rita

Data 02/03/2009 11:27:10 | Tópico: Poemas -> Introspecção

Uma proeminente carência
de quem não discerne o atingível
patenteada numa demência
de querer alcançar o impossível

Persegue-me este eterno nome
Desejo ardentemente quem o possui
Há quem por nostálgico me tome
por desejar ser aquilo que já fui

Torno-me abstracto no amor
porque arde auferir sentimentos
É que em português rima com dor
É o fado dos constrangimentos

Terei alguma intenção incestuosa
por desejar apenas um beijo
de uma deusa, a mais formosa?
A minha vida é um ensejo

Perdi o vigor de outros tempos
Certamente o reganharei
porque o amor é como os ventos
rege-se por uma etérea lei



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=72658