
À doce Brasileira
Data 03/03/2009 15:21:15 | Tópico: Poemas -> Paixão
| Se os povos do mundo e da vivência São o verde do amor e eloquência Se nas negras peles há um tenor de uma voz que grita o amor Se nas chamas de uma pele de tez escura encontro eu o amor de uma negrura Se o clima é quente-fogo e enublado Ama-me, e serei eu o enamorado
Se te amo, perco as mágoas da solidão Vejo o mundo e os astros da imensidão Se o leito é o deleite da lonjura São o corpo as carícias da ternura Se te digo, que anseio as carícias És o abrigo e as mãos ilícitas que me afagam a pele carente Sou o mundo: Frio e Quente.
Se o teu corpo, é assim a dádiva Sou eu o rio, e sou a lágrima Se a silhueta na escuridão São o meu mundo da imensidão Se os corpos que se abraçam são os pilares que se entrelaçam És tu aquela que me endoidece És quem me houve a humilde prece
Se és o astro assim do sul Se és o eixo que se forma Se és tu a esfera azul Sou eu aquele que te adorna És quem me ama e entristece A sobriedade que me endoidece Angela: És tu bela e formosa Cândida, casta e honrosa.
Se os encontros e as intempéries Se reencontro as efemérides Se viver e me encontrar Sob um tecto, sob o luar que influencia estes animais Os magnetismos primordiais Os teus seios que observo e beijo Neles me perco, neles emerjo.
Se é assim o mundo eloquente Num Pacífico, és o Atlântico quente És aquela a quem abraço e adoro As mágoas que te segredo e que choro Se és a perdida e a renegada Renego eu a dor: És pois a amada. És os dipolos da humanidade És pois tu o eixo da fraternidade
Se és as sonoridades do tacto Amar-te é pois assim um facto Se te observo és visão auditiva És quem rejeita a lonjura aflitiva Se és a sereia dos sentidos Se és o porto dos abrigos És pois o doce, o amargo e o cruel És o açúcar, o sal e o mel.
As peles que assim se unem E o meu ego assim imune O desejo desses teus beijos A paixão forte e impune Dos desejos do irrevogável Do amor forte e durável És quem adoro e quem desejo Em mulato corpo assim emerjo.
Se libertas assim a escravatura Do ego que se liberta Das asas que ganha a ternura És a fragrância da doçura O abraço que me aperta na liberdade incondicional És a pimenta, és o Sal És pois tu a deusa astral
Se os abraços que me envolvem, O dorso, que as tuas garras colhem As peles que assim se emergem O meu corpo em tua vargem Se os espíritos são assim descrentes E as verdades quando me mentes São o que procuro em dócil corpo És o astro em que me encorpo
És a Angela bela, divinal Serás sempre a de agora a e ancestral És sempre aquela a quem segredo Que me abraça neste quarto escuro Que da luz se emerge e renega o medo Se és o corpo pérfido e puro Das raízes que quero e procuro A quem me confesso e assim juro
Se és pois o oito, o sete e o três A luxuriosa candidez Se esse regaço que me acolhe Se no Universo és o detalhe Aquela que da circunspecção Engloba o mundo que queria Somos o detalhe da imensidão os versos de eleição: A Poesia
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João Filipe Pimentel
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