
Da Efemeridade Irretocável
Data 05/03/2009 00:05:44 | Tópico: Prosas Poéticas
| Consagro-me à poetiza Nua musa e trovadora numa mesma À que clama à cura do toque Refinada aristocracia babando nas pernas abertas Consagro-me à musa despersonalizada À musa eterna que em tantas habita Que roga ousadias e encara dura e alegre ao fauno em marasmo.
Estética falida Sou a falência dos termos Quando estou a escrever e penso em que me fascina E transcrevo anônimo as linhas dos lábios rosados Fazendo do ventre salivante o zéfiro estonteante Útero de magias gingadas Fontes confluentes desembocando em oásis fugidios O pensamento inspira truncado Por sobre a letargia dos chocolates.
Lançava em vôo seus dragões Parafernália rítmica que o perseguia Mais Tonalidades pusilânimes empurrando-o Ferozes alegrias musicais autocontidas eternas em cada segundo A resultante de suas apreciações Sua diretriz era uma sinopse reciclável Curta diversa e divertida melodia que o empurrava A afirmação de sua presença era uma canção a si mesma Por si mesma Era um improviso lúgubre e certas vezes doentio Epiderme catastrófica suando sangue de escaravelhos Seu caldeirão fumegava gânas excelsas e era pura progressão harmônica Seu coração dava o pulso As cadeiras caminhavam as cadências E seus pêlos e cabelos em arrepios sutis ditavam croniquetas sazonais.
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