
A Namorada morta
Data 05/03/2009 14:10:12 | Tópico: Poemas -> Tristeza
| A canora aflição de um confronto lacrimejante Esboça trêmula a despedida do frêmito em selvagem orgasmo. Apodrece junto a chance não oferecida,confusa e jovem, Estamos mortos e todo amor não salva a mentira de outrora.
Assumo a culpa e deixo o tumor expandir-se além Do enleio de divinal martírio lascivo, Ao toldar o romance o sangue que irrompe sagrado Da pele macia esboça uma tentativa imersa em fracasso.
Por todos os beijos resguardo a eternidade insólita da verdade Na tarde cindida em cinza lápide. Convergindo pela áurea canção em nosso abraço Permanece aquele primeiro encanto.
Não admito prosseguir com a farsa de quem vegeta e sorri Sem a paixão inebriante que redime o pranto. Desejei apenas ficar ao seu lado, Uma lembrança que acaricia o final, Sublime quietude noturna da incandescente coroa de espinhos A moldura insone do cadáver.
O enleio embrutecido pela dor consumindo aquela esperança frágil de teus olhos Fechados com o despertar de um rito de amantes, Cerrados para entenebrecer furtivo desespero, Perece com a carícia lívida da melancolia Saudade,afeto e decompostos anelos.
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