A CASCATA DO AMOR
Data 06/03/2009 18:25:25 | Tópico: Poemas -> Amor
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Numa absoluta tranquilidade, caminhando por entre altas árvores, com o chão, todo coberto de folhas e de ramos soltos, ao abrigo do sol, é com imenso prazer, que ouço o cantar dos pássaros, na folhagem.
Num repente, apanhando-me desprevenido, um grande espaço sem ramos, faz com que o sol me cubra por inteiro, e, me faça correr, por entre o arvoredo, cobrindo-me, do calor, da imensa estrela, que baixa se vê, a estas horas.
Um pouco ao longe, escuto, das águas, seu rude, cair nas pedras, anunciando a cascata, onde te banhas, qual sereia, em sua própria casa. E, enquanto, aguardas minha chegada, sensível não resistes, à água quente, entre verdes algas.
Qual pintor, apenas com uma peça de roupa, te cobriu o corpo, fazendo-o, ainda mais sensual, do que a natureza, ao teu redor. Teu ser Mulher, que, sem pudor, ou falsas modéstias, aceitou, tal fascínio deixar, livre se viu, sendo-o, por inteiro.
E eu sigo meu caminho, levando tua presença comigo, a cada passo meu, numa estrada, cada vez mais difícil de ultrapassar, subindo e descendo pedras, não deixando de escutar as águas, onde te sei e anseio, pelo reencontro.
Depois de algum esforço meu, alcanço a dita cascata, embora, ainda me careça, o descer a montanha, até chegar ao lago, onde, mais abaixo, minha namorada, acena-me com as mãos, chamando-me, para bem perto, de si.
De lado o juízo, deixo-me, em doce vertigem, escorregar, entre pedras e outros mais senãos, caindo e levantando-me, até alcançar, o chão seguro. E, despindo-me, mergulho nas águas, do lago, nadando de pronto, até ao teu sorriso.
Talvez, como recompensa, atreves um beijo, nos meus lábios, um tanto secos, pela viagem. E como duas crianças, gozando prazeres, que a vida nos ofereceu, jogamos um com o outro, servindo-nos alegria, alimento de nosso amor.
Jorge Humberto 05/03/09
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