Empardeço

Data 11/05/2007 17:09:56 | Tópico: Sonetos

Fico a imaginar-te em outros corpos
Pensando ser cicio teu n’outras falas
E por mais que seja os amores mortos
Teimo em pensar que és tu quem narras.

Assi, me perco, me encontro, absorto
A imaginar-te, tentando ao ser trazer
O meu amor a ti que em ti se faz morto
Pois te é olvidado, lhe apraz esquecer

Em flagelado estado, fico-te imaginando
Tudo que hoje não sou, mas tendo-a seria
E triste me é a sina, a vida em ti sonhando

Nada mais presta, nada nessa vida queria
Pois vida eu sei, seria apenas te amando
Mas tal dor me é facto, Tu já não o amaria.



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