Zarpo

Data 12/03/2009 01:08:21 | Tópico: Poemas

Largo o porto, zarpando devagar
Nessas ondas que me embalaram
E nessa maré poderei, de novo, navegar
Ondulando e saboreando a Liberdade do mar

Essa luz piscando no farol se despede
E a ronca afasta o nevoeiro que se interpõe
Entre ele e os meus olhos que saboreio numa pinga
Qual estalactite gelada que acorda os sentidos

E cavalgo decidido meu barco velho e fiel
Deixando de remar indo na corrente que passa
E me levará a algum outro lugar de abrigo
Qual baía ou rio, ou foz calma de outro mar

Decididamente deixo de olhar para trás
E foco nas estrelas a atenção e encontro a direcção
Seguindo para Sul, para águas quentes, serenas,
E deixo-me adormecer, agasalhado,
Esperando chegar e não ter de voltar a partir



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=74000