MINHA CRIANÇA

Data 12/05/2007 20:47:15 | Tópico: Sonetos





Tenho os olhos rasos de água,
Com tanta e tanta imiscibilidade,
Que trazem mi alma em mágoa
E meu ser proficiente em dualidade.

Quem soubesse de meu sofrimento,
Da estranheza que vai no mundo,
Por certo viria dar-me algum alento,
Homem nenhum é assim infecundo.

Ah, como sofro, meus senhores,
Ver crianças paridas, à sorte na vida!
Por favor, concedei-me os tremores,

Que fazem da carne a sua vicissitude
E que a vida lhes seja concedida,
Com muita alegria e demais saúde!

Jorge Humberto
09/05/07


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=7418