AMOR SEM VEZ

Data 17/03/2009 18:51:21 | Tópico: Sonetos

AMOR SEM VEZ


Era uma vez um amor que nasceu
Sem berço, sem nome, sem reino ou sorte,
Sem heroísmo, com sina de morte,
Breve, só no céu terno se escreveu.

História inventada em sonhos vivida,
Castelo de nuvens, carta ilusão,
Estrelas ali, a alcance da mão
E a noite minguante, a dor suicida...

De terno só teve a fugaz magia,
De belo arrebol guardado em retrato,
Na lâmina clara a romper o dia.

D'eterno manteve a saudade f'rida
Dum nascer de sol que morreu de parto,
Brilho de orvalho, lágrima caída...




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