Azul paralelo

Data 20/03/2009 00:00:07 | Tópico: Poemas

Ah meu paralelepípedo rasgado, tombado
Quem te magoou o corpo nas pedras nuas
Olhas-me, sorrindo, de rosto amarfanhado
E ainda assim, de azul me brindas nas ruas.

Meu seixo do céu sentido nas passadas
Da vida que me leva aos ombros, às luas
Quero abrigar-te de vãs derrocadas
Poupar-te tristezas as minhas, as tuas.

Gosto de ti, paralelo meu, mãos dadas
Que me seguram no azul, da terra fria
E me protegem, borboleta, em demasia

Tu tens de mim o melhor, as madrugadas
Na espera dos dias, o renascer da magia
Do nosso lado certo, na exacta simetria…




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