Zabele

Data 22/03/2009 14:31:14 | Tópico: Poemas -> Góticos

As pequenas mãos macias atravessam um perdido olhar,
O terno calor da pele em meus braços acariciados
Partilha através de sentimento redentor
Inflamado arrependimento juvenil.

Esgota o tardio bramido engolfando o céu,
Traços delicados,leve contorno deformado nos pulsos,
Em lívida candidez de menina o sorriso.

Acalentado na voz macia,de ninfa o rosto
Uma súplica não escutada ecoa em meu espírito,
Confuso vago na ferida em lábios partidos
Eu posso lembrar,sentir o ódio apodrecendo-me
É tão tarde,Zabele.

O nunca mais presente além do sonho alcançado,
A despedida em silencio alvo,limpído e claro crepúsculo,
Sua distinta beleza emoldurando ilusões e fantasias
Que jamais realizarei.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=75362