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    	Data 23/03/2009 11:40:53 | Tópico: Textos
 
  |  Tento reconhecer-me num raio de sol o vento agita a musica dentro de mim, confrontos sangrentos a pele rasgada, o corpo em febre uma gota de água...
  ...a paisagem é agradável pedaços de céu um bando de aves em torno da minha árvore ensaio o voo os telhados amontoam-se continuo parada
  ruas em prédios multidão anónima Lisboa sem rio
  já não há segredos tudo foi dito o mistério das flores desvendado o luar mágico assim o bosque secreto das palavras sem nexo, o tempo devora o dia i n d i f e r e n ç a?!
  Não seio que sinto, orgulho ferido espelhos liquefeitos no olhar pressa de viver um breve gostar sem saber de quem
  a transparência do olhar (verde) provocou a confissão estranha, confusa, as palavras jorraram numa tempestade de Sol o vermelho das faces e dos morangos.
  Silêncio. O não entender.
  Continuo perdida
  Uma pedrada no charco.
  Amanhã quero um olhar
  mesmo de outra cor.
 
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