
Quarta-feira, 25 de março
Data 26/03/2009 15:50:59 | Tópico: Prosas Poéticas
| Para além dos assuntos, à beira de um copo d’água, meu silêncio celebra a ressurreição dos pensamentos, sementes sem invólucros que anseiam germinar a despeito do travo que emperra a verdade à porta dos meus lábios. Minhas palavras de amor querem cumprir agora o desapego, descansar entre a chuva e a vidraça, entre a pele e o arrepio, entre a lágrima e o sal. Antes que os fortes me sintam igual, submeto-me a resoluções diárias que culminam sempre em porções pequenas de um grande medo, precursor de um novo momento tão vivido, o abrir e fechar de um coração criança, que nunca saiu da puberdade. À beira de um copo d’água, uma noite de sono macio segue intacta dentro de uma pílula, sem acreditar em mim.
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