Marcas rubras

Data 27/03/2009 02:48:20 | Tópico: Poemas -> Introspecção

<div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_XRCU_gS6XWg ... man2.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 400px; height: 313px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_XRCU_gS6XWg ... s400/sad_woman2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5317678039844453346" border="0" /></a>
</div>
<span style="color: rgb(102, 0, 0);">











</span><div><span style="color: rgb(102, 0, 0);"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: bold;">Mote</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-weight: bold;">:</span>
<span style="color: rgb(102, 0, 0);font-family:trebuchet ms;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">"DAS UTOPIAS
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!" (Mário Quintana)
</span>
Marcas Rubras

Sob sol causticante ou impetuoso aguaceiro,sigo qual tal peregrina
levando o ônus da vida,um fardo pesado que arde,na carne cravado espinho.
Incrustado na sola do pé,arrancando sangue e suor nas passadas pelo caminho.
Pisando de lado, de leve, sofrendo as dores calada, aceito malfadada sina.
De que me adianta o murmúrio, se é de luto a vida que me destina.
Quanto mais sigo minha vereda, buscando sedenta um porto,
mais sinto o espinho arranhar, rompendo adentro do corpo.
Me perguntam por que não extirpo, não me livro de vez do estorvo,
não entendem eles que o espinho,já fizera ninho em meu corpo.
Por isso sigo a jornada,sangrando e pisando torto.

Alguns pensam que sou louca, que de mim vai longe a razão,
não entende toda essa gente, que pago o preço por amar
aquele que n'outras veredas, rasga o rumo n'outro estradar.
Como plantar consciência na terra insana do coração?
Se ele só se faz campo fértil, às sementes da paixão.
Me resta seguir penando, levando comigo ardor,
de olhar com olhos de cego e deixar passar o amor.
Quem sabe meu corpo alforria, abortando de vez o espinho,
me alivia do fardo dorido e me abre um novo caminho?
Não clamo jugo menor, apenas suspiro que venha um breve alivio da dor.


"Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las..."
mesmo que não se sinta tão digno de recebê-las.
Aceito minha triste sina e embrenho mundo afora,
O meu martírio suportando, levando lembranças vividas.
carregando a minha dor, lambendo minhas feridas.
Quem não me conhece de perto, não percebe a ebulição,
alma atormentada, vivendo sob querências de insano coração.
A cada passo o sangue verte vivo da ferida do espinho,
sigo deixando marcas,rastros de sangue pelo caminho.

</span><span style="font-weight: bold;font-family:trebuchet ms;"><align:center><a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.5/br/" rel="license"><img alt="Creative Commons License" style="border-width: 0pt;" src="http://creativecommons.org/images/public/somerights20.png" /></a>
<span dc="http://purl.org/dc/elements/1.1/" property="dc:title" href="http://purl.org/dc/dcmitype/Text" rel="dc:type">aβsynto Vocέ</span> by <a property="cc:attributionName" href="http://www.luso-poemas.net/userinfo.php?uid=5238" rel="cc:attributionURL" cc="http://creativecommons.org/ns#"& ... ></align:center>
</span>
Um agradecimento a Poeta/Amiga Helen De Rose, que nos deu uma aula sobre essa forma de poema, a GLOSA, que eu humildemente tento criar.
Segue abaixo a obra da mestra pra quem quiser conferir.
Gratidão, Helen!

Eu quero um Amor...-Helen De Rose






Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=75952