Pecados

Data 27/03/2009 13:35:32 | Tópico: Textos

Fecho os olhos
para que a noite não me doa.

Abrigo em mim, o pássaro ferido
de outrora.

Difícil explicação essa - a da impossibilidade de voar-

Suavemente tento apagar a memória.
Lembrar o dia-a-dia convencional.

Sonho-te em princípios de azul
num alegre recortar pedacinhos do céu.

Tento a sombra de um salgueiro
o sal do mar
e uma montanha inacessível.

Busco-te dentro de mim
numa tentativa de paz.

Pobre alma remendada.


II

Desejo inconfessado
ternura incandescente.

Soltam-se os cabelos,
as lágrimas,
alguns olhares
perdidos
os sabores a morango
no tempo e na vontade
de esquecer.

Vagueio entre sorrisos
belos
os
segredos
pueris,

de uma noite
em que me deito
e tento,
uma morte sem dormir.



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