errância

Data 29/03/2009 00:40:34 | Tópico: Sonetos

Oh inefável substância,
da angústia vil matéria
- que abundante degluto,
ficando-me a sede, que não mato.

Oh incansável errância,
imperturbável fêmea:
quanto de ti me sustenta
no caminho e na tormenta...

Ah, trevas do meu porto,
meu triste olhar absorto:
quão mal tendes por falar.

Estranha sina, pouca sorte,
- que não se oriente e conforte,
fosse eu a vida suportar!




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=76168