TIMORATA ( PÁGINA DOIS)

Data 29/03/2009 18:38:19 | Tópico: Contos -> Infantis

Timorata, contente depois de se ter visto uma vez mais ao espelho, dizia:
-Espero que ele esteja lá!...

E lá foi, ansiosa de saber se seria apenas um coelhinho de passagem, ou era um coelhinho ou se era um coelhinho que morava num outro prado por ali perto.
Enquanto todos saboreavam o belo trevo verdinho, Timorata não fazia que olhar em seu redor e pensava:
-Ele não vem hoje... oh como estou triste!
Mas estava ela ainda a pensar na ausência do coelhinho, eis senão quando na orla do bosque apareceu a saltitar o seu tão desejado.
Ela correu louca de alegria em sua direcção mas de repente parou de correr pois que não seria razoável , deveria de ser ele a se aproximar.
Os seus paizinhos viram-na partir e disseram:
-Tem cuidado, Timorata, não vás muito longe porque é perigoso, faz atenção as caçadores furtivos!
O coelhinho, por sua vez correu na sua direcção e ao chegar, disse:
-Boa noite a mais bela, como te chamas tu?
-Chamo-me Timorata, disse ela com o seu coraçãozinho a bater apressadamente e timidamente perguntou:
-E tu, como te chamas?
-Pimpão, respondeu ele todo vaidoso.
-Mas como tu és bela, Timorata!
-E tu tens uns olhos tão lindos, Pimpão!
-Tu sabes, Timorata, não parei de pensar em ti, não consegui dormir, e com ar tímido, perguntou: Timorata, queres ser minha namorada?
Timorata que não sonhava que com uma declaração de amor de Pimpão, sorriu, baixou os olhos, sentou-se sobre as patinhas traseiras, escondeu a sua linda cabecinha entre as sua mãosinhas e ficou em silêncio.
Pimpão esperava ansiosamente pela resposta de Timorata.
Ela não sabia o que dizer, ela queria dizer que sim, mas os seus paizinhos, estariam eles de acordo?
E então, amorosamente respondeu:
-Sim! O que me propões enche o meu coração de esperança pois que eu também gosto muito de ti,
disse la com a sua voz amorosa mas eu preferia que o teu paizinho falasse com o meu.
-De acordo, respondeu Pimpão, eu amo-te tanto que tudo farei para casar contigo. Irei dizer ao meu pai que vã falar com o teu.


A. da fonseca



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