ONDA BRANCA

Data 29/03/2009 21:32:23 | Tópico: Sonetos

Sou a brisa que apanha no rosto,
Sou a face que sustenta a solidão;
E o siso que se esconde do esboço
Do poema, que me desvenda emoção!

Sou o vaso que a flor adormece
E que nasce com lágrimas no olhar
Meu verbo é vida, mas eu choro em prece
Quando meu peito não consegue gritar!

Sou a folha branca que o lápis deseja
A ser aquela que a palavra almeja...
E a sutileza, quando penso em voltar

A soletrar da alma sonetos explícitos
Sangrar dos dentes poesias nos ritmos
Sou a onda branca que a espuma quer amar!



(Ledalge, Salvador)






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