Surgiste na penumbra do palco, esbelta, bela e triunfante! Portadora de um tronco longo e delgado de mulher, coberto dum vestido preto que se alongava até aos pés; passeavas em palco toda a tua elegância. Da sua garganta, irradiava uma voz cristalina que entoava por toda a vasta plateia. A sua musicalidade alternava entre sons, com gritos de dor e de um doce desvanecer, numa ondulada melodia. Era o seu fado, sentido e interpretado…! Mariza quando dançava, sentia a leveza do seu corpo e voava até às nuvens, como um angélico anjo, uma borboleta inquieta. Gostei de te ver dançar, quando cantavas " Mãe Preta". O teu corpo esguio, serpenteava por entre o teu longo vestido preto, onde apenas reluzia a tua redonda cabecinha de cabelo louro. Obrigado Mariza, porque encantastes o teu público. Parabéns. Leva por muito tempo, ao mundo tua voz, para que contigo sinta o orgulho de ser português.