
Fénix
Data 01/04/2009 08:25:32 | Tópico: Textos
| E eis que regresso.
Renascida na canela, salva e mirra, num confronto com a minha morte há tanto anunciada.
Eis que regresso.
Em cores de asas, em voos proibidos numa aprendizagem de tons roxo, azul, vermelho, branco e dourado.
Promessas cumpridas, verdades omitidas, palavras repetidas, amizades reprimidas, u m a
l á g r i m a com sabor a café frio.
Regresso.
O peito aberto para os amigos que tenho ignorado. As mãos estendidas para os os carinhos que me têm aguardado.
A boca ávida de partilhar as aventuras desta viagem, alucinante fascinante, experimental, em que por algum tempo me perdi de mim.
Regresso.
O olhar ao encontro do olhar que ainda é da cor do meu.
Regresso. Ao chá de menta que se mantém quente numa espera incandescente, na mesma mesa do mesmo Café.
Regresso, segura e altiva, nas minhas botas de cano alto, em passo apressado pelo tempo que não vivi.
Regresso, como se não tivesse partido, feliz; apesar da viagem me ter dividido, num reencontro comigo.
Estou aqui.
(Apaixonadamente a viver cada dia, como se fosse o último).
Out/2008
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