Diz-me… amiga. Vale tudo?
A cirrose agonizante a cristalizar o fel? O absurdo da arrogância A poluir a ponderação? A cobardia a dejectar impunidade?
Não amiga não vale tudo!
A consciência não é prostituída é premissa evidente, o fel turva o coração. Não , amiga não vale tudo quando a raiz tem carisma e força sincera vontade galga a montanha feroz.
E que valor teria um afeto pago com ouro, uma palavra arrancada da boca à força cega da desonra? Vale a contração da alma inquieta que ao engôdo se curva rendida, amiga, aos vínculos férros do absolutismo?
Diz-me… amiga Faz sentido Leiloar a amizade?
Vale tudo?
Os rios sepultados nos olhos A banalização sistemática Dos nossos sonhos?
Não amiga a amizade É sublime sentimento adorna o rosto na leveza do sorriso e o sonho prevalecerá.
(VónyFerreira; AnaCoelho; AMORA)
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