Pobre condição humana

Data 05/04/2009 14:33:10 | Tópico: Poemas

Primatas sem desenvolvimento
grunhidos em linguagem vil
vozes nascidas de fel
nos lábios malignidade,
cegos corredores do coração.

Julgadores sem julgamento
nas mesmas vozes cavas
no avesso do corpo
um mundo ao contrário
gélidas memórias submersas.

Fantasmas sem sonhos
despidos de probidade
inquietos no exortar de gestos
reconhecidos no espelho.

Vozes de outro século
talvez sem nexo
secretos roubos rasgados,
almas no abismo do sol
em noites serradas.

Os olhos abertos não enxergam nada
além do breu que se move no peito
assombroso mortal no olhar limitado
pobre condição humana desflorada.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=77058