
D’el-rei ficou o nevoeiro sem os mouros
Data 04/04/2009 22:03:55 | Tópico: Poemas
| Vai através, pelo meio, entre uma transparente e, ao invés, por receio resume-se em temente que pára, não completa, a ida de que não se desviou... vereda rara de gente asceta com forma de quem se isolou.
Atravessa fumo sem nuvem, fumiga-se... surpresa, homessa! Lá surge Sebastião num tandem. E mata ele mouros a lambuzar-se antes de se esfumar, sempre fantasma, no esbraquiçado baço da malha de tear que cai por cataplasma e não tem cura nem sequer traço
Passa mesmo ao centro, a raspar cabeças e corações e, em acto contínuo, esgaça o tecido nevoento por dentro. Aí juntam-se dentes, cães e rasgões numa tentativa conseguida de arremesso fatiado e sem medida que se dilui na atmosfera enquanto se dissipa, da espera, o segredo o que é, por vincado nos anais, tão certo como o degredo, cozedura no caldeirão dos serviçais.
Valdevinoxis
|
|