A Carta Que Nunca Te Escrevi ou a Simples Confissão do Meu Maior Crime (Parte XVIII)

Data 04/04/2009 22:06:29 | Tópico: Prosas Poéticas

Quero sacudir de mim todo o pó que os anos me têm deixado e gritar em alta voz os meus sentimentos, a melancolia que torna piegas as minhas palavras, aquelas que receio dizer-te, enruga-me a pele e endurece-me o ser, desgasta-me.
Se um dia te encontrar, te olhar nos olhos, irei tentar lembrar-me de onde te conheço, se te conheço como desejo, irei ler-te todas as palavras que escrevo, desflorá-las e perfumar-te com elas.
Se um dia me procurares, não o faças no silêncio, diz-me apenas que és tu, que dois somos um. Partilha comigo os teus medos, as tuas alegrias, os nossos erros, o prazer e a vontade de sermos nós.
Os dias já definham entre os meus dedos e a espera, apesar de me dar vida, torna-se exasperante e invariavelmente sedenta de ti. Estou aqui, vem.


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