ÁRIA PARA O VÁCUO

Data 07/04/2009 11:20:34 | Tópico: Poemas -> Tristeza






E este claro mar pênsil que diariamente se descortina
E esta frondosa floresta de utopias
Que se converte em Saara, Chernobyl, a Caatinga da Rima...


E esta água refracionda
Que não logra nem cala
O perigo de extinção da vida...


E estas infinitas rajadas de bala
Que irrompem do cano da pistola
Carcomendo irremediavelmente a sina meio madura ou crisálida
De quem morre assassinado, de quem mata...


E esta couraça que não se refrata
E este rio de lágrimas que não quara
E esta felicidade em coma
Que é o mais querido rebento da morte anunciada:
O Sarcófago da Alma de quem sonha...!


JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA




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