A Carta Que Nunca Te Escrevi ou a Simples Confissão do Meu Maior Crime (Parte XIX)

Data 07/04/2009 17:24:37 | Tópico: Prosas Poéticas

Escondido em mim, partilho com a chuva as últimas lágrimas da devoção que te trago, escrevo com elas, no chão de terra de meu castelo, o teu nome, aquele que ainda não me disseste, mas que vou imaginando em cada vez que te penso.
Espero em desalento que as nuvens partam para que o Sol seque a terra e grave para sempre este momento, iludo-me como uma criança, pois é assim que me fazes sentir.
Quisera eu que fôssemos duas crianças a brincar à apanhada, na tão grande distância que nos separa. Tento não encurtar os meus passos, mas temo que os anos avancem mais depressa que eu e me envelheçam os olhos, restar-me-á a lembrança e a imaginação, para isso quero ver-te, nem que seja apenas por um segundo, e ouvir a tua voz doce de sereia, mesmo que não ouça nada mais no resto de vida que nos falta.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=77482