O luso-poeta(isa) no seu melhor (pior)

Data 10/04/2009 17:57:53 | Tópico: Poemas


Na irreversibilidade do devir do ser
Há qualquer coisa de transcendente
Que o impele na direcção de algo
Que julga ver, acredita mas não sente

Finge que sente porque assim lhe ensinaram
As convenções sociais parametrizadas
Ante-olhos de burro que limita as vistas
Na fé que pressente e lhe foram enraizadas

E chegados ás festas dão cordiais saudações
Quando dias antes dedicavam-se a ler “merda”
Nas rixas de vaidade que protagonizavam
Fazem-no sem se aperceber da verdadeira perda

Intitulam-se, até se tratam por “poetas”
Bronzeiam-se em fogueira de vaidade
Chamuscados, mas felizes na usura
De um título que não é a sua identidade

E desejam-se mutuamente “Páscoa feliz”
Do Cristo sentem a dor, vestem-lhe o chapéu
“Em verdade vos digo, bem aventurados
Os pobres de espírito que deles é o reino do céu”





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