Dor

Data 18/05/2007 20:56:10 | Tópico: Poemas

Nos momentos tormentos
Que se encostam às costas
Em abrigos relentos,
Doem-me de dor danada
As contas de um rosário
De pérolas negras que se guardam
Em coração fechado e réu,
Diluído e sem massa,
Lavado do chão por macaréu
Que não pára... passa.

Esquadrinho os dias por segundos
Na esperança de lhes travar
As correrias redondas...
Já revirei todos os mundos,
Todas as pedras que podia empurrar
E o remorso continua a vir em ondas
Que os momentos trazem
Às cavalitas dos ponteiros.

A mágoa que dói como mais nada
Chega-se de forma deitada
Como sopro que adentra doido
Pela erva esventrada
Que verte seiva do corpo
E vai eivando a alma já castrada.

Ah! Se não doesse...!

Valdevinoxis


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