Morta sem estar morta!... Vulto negro, pouco importa pedaço de carne que sobra na travessa de quem come.
Roubaram-me até o nome numa fome que consome. Que me consome em vida por ser uma raiz estendida. Daquelas: que não se dobra que incomoda.
Morta na ignorância morta na arrogância tantas vezes na inconstância. Outras tantas na ganância. Morta no desapego que se tem no desassossego: Do que pesa no coração. Do que foge da nossa mão.
Ao perder a utilidade o vaso usado se quebra. Não nos satisfaz mais a vaidade... Deixou de ser à nossa vontade não mais se enche de terra.
Mataram-me com desamor! Viraram os olhos à dor de quem busca a sua sorte. Como quem caminha prá morte levada no vento norte.
Sempre igual!... Igual no ideal na afeição dos que trago no coração. Mesmo quando digo não. Mesmo quando finjo não ver.
O vento não se pode prender. Muito menos, a agua a correr numa ribeira bravia. Igual!... Ninguém me domina talvez seja sorte ou sina mas; sou eu e sou assim.
Morta… Mas continuo aqui na espera... Que se lembrem de mim no dia em que por fim morri