Ao que ainda não tive Ao que não senti Escrevo de mim e… Sei que escrevo de ti
Emoções em derrapagem Levadas na aragem Rebolando pelo declive
Da imaginação Da dor, da nostalgia Do que deixamos de ter um dia Da alegria Mesmo envergonhada Do reencontro Na escrita amargurada
Escrita de angustias cruzadas Pelo tempo afastadas Gerações desencontradas
Escrevo… Por entre o silencio Do meu e do teu Silêncio
Escrevo do que pesa Na solidão Do que pesa em dia não Aquele em que choramos Por sabermos Que longe e perto estamos Mas, que sem querer Sem sequer entender Nos completamos
Perdida neste mar de escrita Desnudo Nosso sentimento Procuro O meu alento Enleio-me No julgamento
Do porquê das palavras Das brisas e das miragens Que escondes ou… Que eu não vejo
Agora… Penso, loucura Esta minha procura De ler, o que não tive Depois… Imagino que vive Perdido no descampado O tal espírito tresmalhado Assim… Como eu Pela vida enviesado Que por aí anda E, em breve Estará a meu lado
Nesse dia Castelo assombrado
Abrirás as janelas ao sol Os pássaros entrarão Os meus olhos chorarão