AMÊNDOA AMARGA

Data 14/04/2009 22:34:02 | Tópico: Poemas -> Amor

Esta amêndoa amarga
Na garganta deste canto
Apertou-me, foi espartilho
De botões de nostalgia.
Não me pegou de ilharga
Foi de caras, pega e tanto
Arrasto, onda, enrodilho
Em pontas de nevralgia.

Não é pena, nem saudade
Não é riso, nem é pranto
Não é talhe, nem defeito
Não é largo, nem recanto…

Mas, na audácia de sentir
Pelas margens do teu perigo
Sou retalho em pedra leve,
Rasgada, secreta e pura .
Pecado, pena, a explodir
Na ânsia em que te persigo
Sou o trânsito solto e breve
Entre a raiva e a doçura.

Não me calo, nem te digo
Não te largo, nem me rendo
Não te ouço, nem me fito
Não me escapo, nem te prendo.

Neste amor castigo…
Neste amor castigo…




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