Queixume sequioso

Data 16/04/2009 00:03:33 | Tópico: Poemas -> Reflexão

















Sinto no meu peito o ardor da impotência
Lavro nas páginas recrudescidas
O sabor agridoce do destino delineado
Matizo em mesclos tons os atalhos lúbricos
Perfumando com doces aromas orvalhadas
Do vulcão adormecido na montanha idílica

Contemplo o sopé longínquo da vida
O oásis verdejante equidistante de mim
Sinto as veias pulsáteis de fervor
Estremecendo os poros da pele sedenta
Num olhar precursor do futuro
De sonhos visionados em mim
Em dias sombrios e pardacentos
Neste tempo sem tempo do fim

Deixo que as gotas de orvalho escorram
Num incontrolável queixume sequioso
Clamando pelo fogo e ar em combustão
Em explosões de deleite integral


Escrito a 13/04/09




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