Coerções

Data 16/04/2009 00:15:09 | Tópico: Prosas Poéticas

Boa filosofia
A mim
Ao combate que represento
Está em pétrias panturrilhas
Do andarilho sincero
Tenaz perseverante
Luzio maleável e reativo como o ouro.


Retrato incompleto da juventude múltipla
A guerra é em si por si
Guerra contra si pelo mesmo próprio si
Em suspiros indecorosos
Abraçando a verdade inútil
Sagrado banal
Ah perfeita inconsequência da vida!
Ah malévolo ritmo mortal cadência
Evolução empurrada goela abaixo
Estraçalhada no coração atento.


Bom pensador
A mim
Ao mito que desempenho
É o que pensa com a estrada
Que atravessa a vastidão incauta
Que desbrava o horizonte e faz nova ponte
Que vez ou outra soterra pântanos
Aterra espíritos baldios
Nobre ceifador de sonhos
Tirando o doce da boca da criança.


Quem usa a cabeça não engorda
Mas os de coração mole têm piedade
Aprazidos no compadecimento
Querem saber medicinas
Mas só pra fazerem melhor adoecer!


Minha fórmula não é química
O remédio não tem bula
É ser maior que si mesmo
É respeitar a diretriz da saúde
Compreender a possibilidade da paz.


Quem admira ainda ao homem?
Quem ainda se motiva ao esculpir tal pedra?


Reportem risos e dança
Descrevam beijos e gozo
Açoitem com a antípoda do tédio
Decifrem a incógnita do futuro
Julguem os criminosos
Emocionem os deuses da morte.



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