RÉQUIEN

Data 21/04/2009 23:50:04 | Tópico: Poemas -> Sombrios

Enfurnada em meus pensamentos,
Sigo o rumo dos ventos,
Do sol e dos astros que queiram me guiar!...
Vislumbro perdida
tantas mil saídas,
Mas não por onde entrar!...
E então eu prossigo,
Sem ver o perigo de não conquistar
Perdida em sonhos frustrados,
Dias mal amados,
Sem cor ou luar!...
E a agonia implora
O terminar das horas
O verão pelos ares a soar,
Feito canção do exílio,
De pássaros ou gemidos
Sob orvalho e ventania
Na cerração d'alma que veio me tomar...
Carpindo dores e mágoas,
brota insonia amargamente
Se aprofundando em sombra e solidão...
E este abismo noturno
Que se abre em meu peito querendo me devorar...
Empalidecida caminho
E a névoa densa na estrada
Desfaz o meu trilho,
Tenho em meus olhos rios a jorrar...
Labirintos e precipícios estreitos ferindo
Dos quais não posso me desvencilhar...
castigo desesperante,
Enregeladotúmulo que m'envolve
Num dia inesperado qualquer.




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=79495