CEM SONETOS DE AMOR -XII

Data 23/04/2009 22:39:47 | Tópico: Sonetos

XII

Plena mulher, maçã carnal, lua quente,
Espesso aroma de algas, lodo e luz pisados,
Que obscura claridade se abre entre tuas colunas?
Que antiga noite o homem toca com seus sentidos?

Ai, amar é uma viagem com água e com estrelas,
Com ar opresso e bruscas tempestades de farinha:
Amar é um combate de relâmpagos
E dois corpos por um só mel derrotados.

Beijo a beijo percorro teu pequeno infinito,
Tuas margens, teus rios, teus povoados pequenos,
E o fogo genital transformado em delícia.

Corre pelos tênues caminhos do sangue
Até precipitar-se como um cravo noturno,
Até ser e não ser senão sombra de um raio.



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