Morrer em cada palavra

Data 25/04/2009 23:13:05 | Tópico: Poemas

Palavra após palavra, gestos após gestos,

gasto horizontes em futuros já passados,

como se o tempo fosse uma folha espezinhada,

lida e relida, escrita e apagada vezes incontáveis..

Olho-me sem me ver e constato a evidência

desta forma incompreenssível de sustentar a ausência...

Procura alguma sombra, um vulto, um aceno,

ou apenas uma ilusão capaz de me adiar um pouco mais...

Receio que este seja o meu último pântano,

relembrando oceanos infinitos onde naufragar...


Barão de Campos



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