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    	Data 26/04/2009 23:35:07 | Tópico: Poemas -> Esperança
 
  |  CONTRADIÇÕES
 
  A Natureza  às vezes desconcerta-me Apesar da seriedade que sempre põe nas suas leis. É fácil deslumbrar-me com ela, Que na primavera renasce, floresce  Como que saindo do frio, da morte. Desconcerta-me constatar que os lírios do campo  Prenhes de simplicidade e beleza Brotam espontâneos da mãe terra mas vivificadora. Os próprios pântanos florescem E da penedia brota numa alegoria impar  O pascal rosmaninho  -Escatológico processo  Que a beleza arranca à fealdade Parecendo dar lógica ao absurdo. Misterioso caminho que num ápice  Me transpõe para outros parâmetros Do insondável mistério que é viver Mistério que faz com que a vida de uma criança O brilho dos seus olhos O despertar da sua inteligência Possam ser produto de um acaso sem sentido Sem a marca do amor autentico Sem o mínimo senso que a paternidade exige. Neste navegar no mar dos afectos Na riqueza do bem querer mais profundo Estranho é que o absurdo  Se sobreponha ao bom senso. Sim, desconcerta-me  que o homem inteligente Perca o sentido do essencial Dos valores que dão sentido à vida Daquilo que verdadeiramente justifica E dá sentido Aos mais transparentes propósitos.
  Olema
 
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