 
  
    	XI - Opúsculo do Lug(ar)
    	Data 29/04/2009 00:56:27 | Tópico: Poemas
 
  |  No raiar do sol,
  Envergonhado numa
  Tarde de Inverno,
  Vejo-te Musa,
  Com tua veste
  De branco invernal
  Que repousa em teus montes,
  Suave e perfumada,
  De aroma fresco e jovial,
  De natureza imaculada,
 
  De canto, de virginal
  Melodia, dolente e
  Branda,
 
  Como cântico angelical,
  (OM silencioso, profundo)
  Como o ressoar das
  Lágrimas
  Correndo
  Teu rosto
 
  Oh virginal, estrellada
  Musa
  Que do branco fazes
  Tua pele,
  Do teu leito, água,
  Do teu aroma, Mel…
  No opúsculo do dia
  Finalizo o meu
  Andar,
  Respirar,
  Viver,
  Sonhar,
 
  Ao cântico do luar,
  Espera-me o entardecer,
  Mágico d´um lugar
 
  D´um Bosque Sagrado
  Onde reina o mar,
  Saltando no intervalo
  Das pedras,
 
  Onde reina a doce
  Água d´um luar
  Magnético,
  Energizante,
  Perfeito
  E reconfortante na
  Hora da despedida.
 
  Ao opúsculo deito-me
  Na pedra,
  Dura,
  Quase imutável
  Mas moldada pela vida.
 
  Ao cântico assombroso
  Do silêncio fecundo
  Nasce o dia que é noite
 
  Nasce a luz (in)visível
  Aos olhos do mundo.
 
  No verde campo
  Pedroso
  Onde reina o musgo,
  O silêncio húmido
 
  Nasce uma semente
  Semeada pelo Amor
  De LUG.
 
  /|\
 
  Bos Sacrum, 15 de Fevereiro de 2009
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