
Vida estéril
Data 02/05/2009 03:03:34 | Tópico: Poemas
| Nas estéreis ruas do acaso vivem nuvens de bandeja-d'água em cristalinas opas que o vento empurra. São dádivas mono mentais escorraçadas pelas intempéries sociais monogamias alegorias roupagens devolutas que matizam os dias. Nos acasos das ruas morrem brandos costumes de singelas feitorias que arredondadas do nada imperam de dóceis sabores bordados pelos nocturnos fantasiados de homens do leme que guiam o destino dos que ficam por terra… Morre o desejo que enterra o sonho mata-se o sem-abrigo que na lentidão da vida já morrera então… Sobe o pano com o amanhecer e a vida qual peça de teatro recomeça sedenta de tudo voluptuosa liturgia dos condes que vivem das eternas esperanças. Com a noite chega o cansaço que traz o abrigo de mais um dia perdido. Estéreis ruas dos homens rasgados que se anicham no preme do amanhã. Morrem aos poucos os vagabundos eruditos nas ruas que continuam estéreis e do acaso.
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