O DESBRAVADOR

Data 02/05/2009 19:43:15 | Tópico: Prosas Poéticas


O DESBRAVADOR

Feito um explorador caminhando por local inexplorado - quase perdido em noite de escuridão e de silêncio - não queria perder-se no caminho, nas trevas e por entre as brumas.

Então tateava às cegas (meio sem roteiro, meio sem destino) magoando ligeiramente a quem lhe servia de mapa e rota.

Havia (de quando em quando) uns pequenos lamentos... uns protestos doces...som de ave assustada.

O suplício (que a busca impunha) ainda se resumia num lento sondar, e na demarcação de território não em quadras, braças. metros, passos, léguas, mas apenas num torturante centímetro a centímetro - pelo tato nas texturas.

E o olhar?
Ah! Esse permanecia bem fechado, em sinal de reverência ao ritual do descobrimento em tão boa terra...

Silvia Regina Costa lima

02 de outubro de 2008

Publicado no Recanto das Letras em 29/10/2008
Código do texto: T1255285
http://recantodasletras.uol.com.br/prosapoetica/1255285





Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=81134