Carvão

Data 03/05/2009 20:23:53 | Tópico: Prosas Poéticas

À sombra esqueço, talheres de prata por lavar e canções de uma voz só... Sufoco na cinza crisálida, entre a verdade duma mina de carvão e as asas de borboleta que, apenas, obedecem à poeira do chão... Que diamantes teço?... “TU?”... Lapido uma fornalha, teço as mãos no fogo... Um rendilhado de lume que se troca comigo, ardendo de alma e árvore entre o que se pensava ser... Incendeio o pássaro-peixe que dança na raiz, como-o ainda vivo... O sabor é a queimado diz-me o seu olhar, preferia não ver hoje... Apenas e tão só imolar-me, como uma floresta tropical, pegar num gume e desenhar sangue e letras nele... Pintar a parede, até que ela fosse um adeus de mim...


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=81291